VÍDEO | Atacado, deputado Bruno Lamas reage e manda Assumpção procurar psiquiatra e cardiologista
O deputado estadual Bruno Lamas (PSB) reagiu hoje (17) aos ataques do colega de plenário, Capitão Assumpção (Patriota), que, com o dedo em riste, subiu à tribuna da Assembleia Legislativa, fardado, para interromper o seu discurso: “O senhor respeita a minha fala porque eu não tenho medo de você, não! Baixe o dedo!”.
“Quero sugerir ao senhor tratamento psiquiátrico, que tenha calma, e um bom cardiologista”, ironizou Bruno, que procurou manter a postura de equilíbrio a todo momento, em contraste a um exaltado Assumpção.
A reação ocorreu durante um aparte à fala do líder do governo, deputado Dary Pagung (PSB). O deputado de oposição tentava, aos gritos, interromper o discurso de Bruno.
“O senhor não cite o meu nome”, gritou Assumpção. O líder do PSB na Assembleia, porém, não se intimidou com o tom de ameaça do colega e contra-atacou.
“O senhor faz a pior oposição que eu já vi na minha vida. É uma oposição destrutiva. É a oposição que aponta o dedo. Uma oposição que agride a deputada Iriny (Lopes) a todo momento.”, declarou.
REPÚDIO
A discussão se deu por conta da nota de repúdio, de autoria de Bruno e que foi aprovada pelo Legislativo estadual na sessão de terça-feira (16), com os votos contrários de Assumpção e de Torino Marques (PSL), contra a atitude agressiva de um grupo de manifestantes favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que foram até a frente do edifício onde mora Anna Venturim Casagrande, 88 anos, mãe do governador Renato Casagrande (PSB).
Para Assumpção, o episódio foi apenas uma “representação teatral do governador”. Ele argumentou que não houve agressão ou insultos à dona Anna, como relatou a nota de Bruno, e que o protesto foi “pacífico”.
Declarou que iria requisitar as imagens de uma câmera da Prefeitura Municipal de Vitória que se encontra instalada no local.
Em sua fala, Bruno criticou a atitude do colega: “Quero dizer ao Capitão Assumpção que não tenho dificuldade nenhuma para dialogar. Ele citou várias vezes um deputado que o antecedeu. Eu tenho nome e ele é Bruno Lamas Silva!”.
Neste momento, Assumpção, do plenário, correu à tribuna para tentar interromper Bruno, que pediu a garantia da sua fala à Mesa Diretora. “Senhor presidente, garanta a minha fala, por favor”, mas Assumpção insistia, ao elevar o tom de voz.
“Ninguém tem medo de grito aqui, não, capitão! A sua fala não nos assusta. O que queremos é respeito ao contraditório. Queremos é paz, sem grito, sem ameaças. Ninguém citou o seu nome na nota. O senhor vê fantasma ao meio-dia e com a luz acesa. Tenha paciência e respeite os seus colegas. Aliás, este parlamento tem paciência até demais para com o senhor”, desabafou.
Ao final, o presidente interino da sessão, deputado Marcelo Santos (Podemos), precisou chamar a segurança da Casa para conter os ânimos.
As câmeras da Assembleia não mostram os dois deputados após o fim do discurso, mas as palavras de Marcelo causaram ainda mais apreensão a quem assistia ao embate pela TV. Não houve registro de agressão física.
“Não se pode perder o respeito, nem de uma parte e nem de outra. Estou aqui como presidente e não permitirei que nós passemos do limite”, declarou Marcelo.
Dary, por sua vez, concluiu, lembrando que “vivemos um momento em que precisamos ter muita calma e equilíbrio”.