Deputado incendeia militância, mas Casagrande não assume reeleição
Com punhos erguidos, militantes responderam em coro aos gritos de “Renato, Renato, Renato!”, puxados por Bruno Lamas. Entretanto, governador garantiu em discurso que decisão sobre concorrer a um novo mandato ao Palácio Anchieta só sai em maio ou junho.
Coube ao deputado estadual Bruno Lamas, líder do PSB na Assembleia Legislativa, a iniciativa de puxar o coro da militância que lotou neste domingo (27) o Cerimonial Casa S, em Santa Lúcia, Vitória, em prol da reeleição do governador Renato Casagrande (PSB), mas o chefe do Poder Executivo estadual preferiu adiar mais uma vez a decisão, o que ele disse que será anunciado em maio ou junho.
Aos gritos de “Renato, Renato, Renato!”, Bruno foi o primeiro a exaltar a militância e foi correspondido pela plateia que, com os punhos erguidos, acompanhou o parlamentar, para delírio de quem compareceu ao Congresso Estadual do PSB, marcado ainda pela volta da deputada estadual Janete de Sá, que deixou o PMN e retornou ao ninho socialista, trazendo prefeitos e novos militantes, além da chegada do também parlamentar estadual Luciano Machado, ex-PV.
O Congresso Estadual também foi palco da reeleição do atual presidente da Executiva regional do PSB, Alberto Gavini, e da apresentação das chapas de pré-candidatos a deputado estadual e federal.
“Nós estamos com a cabeça erguida, com a consciência em paz. Temos o que conversar com as pessoas nas ruas. Vamos em frente. Depende de nós. Temos uma Assembleia comprometida com a sociedade, sem permitir retrocessos. Cabe àqueles que vão disputar a Câmara Federal contribuir para termos um Congresso para combater a pouca vergonha que a gente assiste por aí a fora. Há pessoas que têm a palavra ódio carimbada no coração. Queremos Casagrande de novo”, discursou Bruno.
Embalada por um jingle da campanha e discursos apaixonados pedindo a reeleição, a militância correspondeu aos apelos de “Fica, Casão”, também entoado pela vice-governadora Jacqueline Moraes, mas nada disso foi suficiente para que Casagrande desse o seu “sim”. O governador adiou mais uma vez a decisão, mas garantiu que o projeto que ele lidera terá candidato ao governo.
“Vocês sabem, eu estou jogando para os meses de maio ou junho, quando decidirei a minha posição, se serei candidato ou não ao governo. Quero agradecer todo o carinho de vocês aqui comigo, mas o Estado, nesse momento, precisa mais de governador do que de candidato a governador”, declarou. Para a militância, a decisão é estratégica.
O PSB mostrou força no evento, ao reunir representantes de diversos partidos, dentre eles: os presidentes regionais do PSDB, Vandinho Leite; do Cidadania, Fabrício Gandini; do PV, Fabrício Machado; do PCdoB, Neto Barros; do PDT, Weverson Meireles; e o secretário-geral do PP, Marcos Delmaestro. PT e Podemos, dois aliados, não compareceram.