Harmonização corporal ganha cada vez mais popularidade

today9 de abril de 2022
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Procedimento é indicado para quem busca reduzir flacidez e eliminar gordurinhas sem cirurgia plástica, explica a dermatologista Dra. Bianca Gastaldi.

Reduzir gordura indesejada, diminuir a flacidez e remover estrias, são alguns dos objetivos associados a harmonização corporal, termo que ganha cada vez mais destaque nas redes sociais. O termo refere-se a uma série de técnicas estéticas minimamente invasivas aplicadas com o objetivo de promover uma musculatura corporal mais definida. Juliana Paes e a ex-BBB Rafa Kalimann estão entre as famosas que já realizaram o procedimento.

“As áreas mais requisitadas para os procedimentos são abdômen, costas, quadris e flancos”, afirma a médica dermatologista Dra. Bianca Gastaldi. “Quando a técnica é procurada com o fim de reduzir medidas, é essencial que seja associada à prática de exercícios físicos e uma alimentação balanceada para que o objetivo estético desejado seja atingido”, explica Gastaldi.

A Dra. Bianca Gastaldi cita e explica algumas técnicas que englobam o termo harmonização corporal:
Bodytite (Morpheus): reduz a gordura, trata estrias, celulites, flacidez e também permite ressaltar o contorno dos glúteos. É considerada uma das mais avançadas tecnologias minimamente invasivas de remodelação facial e corporal, oferecendo aos pacientes melhoras estéticas significativas.

Bioestimuladores de colágeno: reduz a flacidez devido ao aumento da estimulação do fibroblasto (célula produtora de colágeno).

Criolipólise: trabalha na redução da gordura localizada nas coxas, abdômen, tórax, quadril e braços.

Preenchimento com ácido hialurônico: embora seja indicado para procedimentos faciais, é capaz de preencher celulite dos glúteos.

Preenchimento com PMMA ou polimetilmetacrilato  (contraindicado): preenchimento definitivo utilizado para obter glúteos mais volumosos.

O ácido hialurônico é o ativo de preenchimento mais seguro e recomendado por especialistas, já que se trata de uma substância produzida no próprio organismo: “o composto é absorvido naturalmente pelo corpo e caso exista qualquer problema, é possível aplicar hialuronidase, que degrada a substância em segundos”, afirma Dra. Bianca Gastaldi. Mas por se tratar de um composto caro, um preenchimento de glúteos com ácido hialurônico pode ser considerado inviável devido ao alto custo.

Em contrapartida, o PMMA não é bioabsorvível: ou seja, ele permanecerá para sempre no organismo e não pode ser removido: “esse composto promove uma reação inflamatória crônica em torno das microesferas de polimetilmetacrilato”, adverte a Dra. Gastaldi.

Segundo o CFM (Conselho Federal de Medicina), quando usado em grandes quantidades, o PMMA não é seguro, tem resultados imprevisíveis a longo prazo e pode causar reações incuráveis, como inflamações, nódulos e até mesmo necrose.

Mesmo com os fatores que levam à contraindicação, o preenchimento com PMME ainda é realizado e divulgado no Brasil, já que é permitido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Todavia, o preenchimento com PMMA é contra indicado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e também pela SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica).

Sobre Dra. Bianca Gastaldi

Bianca Gastaldi, é médica dermatologista, graduada em medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina e membro das Sociedades Brasileira (SBD) e Americana de Dermatologia (AAD). Atua com foco em injetáveis e no gerenciamento do envelhecimento há 15 anos, sendo atualmente professora da pós graduação de cosmiatria e speaker internacional da Sinclair e da Toskani (duas grandes empresas que atuam na área de dermatologia estética com injetáveis).

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