PF prende em Portugal suspeito de invasão hacker ao TSE

today28 de novembro de 2020
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Operação coordenada pela Polícia Federal (PF) em parceria com a Polícia Judiciária Portuguesa prendeu neste sábado (28), em Portugal, um suspeito de envolvimento no ataque hacker ao sistema Tribunal Superior Eleitoral do (TSE), que divulgou dados do tribunal no dia do primeiro turno das eleições municipais.

Segundo a PF, o inquérito policial aponta que um grupo de hackers brasileiros e portugueses, liderados por um cidadão português, foi responsável pelos ataques criminosos aos sistemas do TSE no primeiro turno das Eleições de 2020.

Estão sendo cumpridos, no Brasil, três mandados de busca e apreensão e três medidas cautelares de proibição de contato entre investigados nos estados de SP e MG. Além da prisão, em Portugal, é cumprido um mandado de busca e apreensão. As ações se desenvolvem por meio da Operação Exploit.

Os mandados cumpridos no Brasil foram expedidos pelo Juízo da 1ª Zona Eleitoral do Distrito Federal, após representação efetuada pela Polícia Federal e manifestação favorável da 1ª Promotoria de Justiça Eleitoral.

Suspeito
O hacker suspeito pela invasão ao sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) durante o primeiro turno das eleições municipais de 2020 cumpria prisão domiciliar ao praticar o crime.

A informação foi dada pelo chefe de combate a crimes virtuais da Polícia Judiciária de Portugal, Rogério Bravo. “A prisão domiciliar foi decretada, mas com a pandemia houve uma espécie de abuso das condições impostas. Portanto, agora ele terá que se apresentar para um novo interrogatório para se apurar o que aconteceu”, disse Bravo em entrevista.

De acordo com a polícia portuguesa, o hacker de 19 anos foi colocado em prisão domiciliar no mês de março, após efetuar um ataque a uma empresa de energia elétrica em Portugal e usava tornozeleira eletrônica. Impedido de utilizar um computador pessoal, ele alega ter invadido o sistema do TSE por um celular.

Ataque
A Polícia Federal apura o acesso ilegal aos dados de servidores públicos divulgados no dia 15 de novembro, além de outras atividades criminosas do grupo. Os crimes apurados no inquérito policial são os de invasão de dispositivo informático e de associação criminosa, ambos previstos no Código Penal; além de outros previstos no Código Eleitoral e na Lei das Eleições.

Segundo a corporação, não foram identificados quaisquer elementos que possam ter prejudicado a apuração, a segurança ou a integridade dos resultados da votação.

Exploit
Nome da operação, exploit é uma parte de software. Trata-se de um pedaço de dados ou uma sequência de comandos que tomam vantagem de um defeito a fim de causar um comportamento acidental ou imprevisto no software ou hardware de um computador ou em algum dispositivo eletrônico.

Fontes Agência Brasil e R7
Foto Tânia Rêgo/Agência Brasil

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