Bruno Lamas questiona teatro no lugar de viaduto na Rotatória do Ó, na Serra

today10 de fevereiro de 2021
remove_red_eye534

Uma possível mudança da obra que será construída na rotatória gigante do bairro Laranjeiras, a Rotatória do Ó, por parte do atual prefeito da Serra, Sérgio Vidigal (PDT), levou o deputado estadual Bruno Lamas (PSB) a discursar hoje (dia 10), na Assembleia Legislativa, para questionar a paralisação das obras e o uso dos recursos públicos já investidos no local.

Isso porque a área de 30 mil metros quadrados conhecida também como Campo do Ó teve aprovada, no Orçamento Participativo, a construção de um viaduto, na gestão do ex-prefeito Audifax Barcelos (Rede), para melhorar a mobilidade urbana.

Entretanto, Vidigal já sinalizou ter outros planos para o local. Ele afirmou à imprensa que, em 2009, em seu terceiro mandato à frente do Executivo da Serra, entregou uma foto da rotatória pessoalmente a Oscar Niemeyer, historicamente reconhecido por ter projetado a cidade de Brasília. O arquiteto morreu em 2012, no Rio de Janeiro, aos 104 anos.

No encontro com Vidigal, Niemeyer fez um rascunho de um projeto para o local, que passaria a abrigar uma espécie de memorial, com opções para programas culturais, museu, salas de cinema e de exposição de artes, e ainda permitiria a exploração do setor gastronômico.

A proposta do atual prefeito é resgatar a ideia e, segundo ele, um projeto executivo será divulgado até o fim do ano, por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP), o que levou Bruno a questionar o investimento já realizado no local.

Capim
“O dinheiro do povo não é capim. O recurso público deve ser respeitado. Como fiscal e representante da sociedade, questiono: vamos jogar vigas, cimento, ferragem e terraplanagem fora? Vai mudar? A obra vai ser transformada num Cais das Artes da cidade da Serra?”, indagou o deputado, ao comparar com a obra iniciada em 2010, em Vitória, e que deveria ser o maior complexo cultural do Estado, mas que se encontra paralisada, apesar de já terem sido investidos mais de R$ 129 milhões dos cofres públicos.

Bruno frisou que quer ter a oportunidade de conversar pessoalmente com Vidigal de “forma tranqüila” e garante que não é contra a construção de um teatro na Serra.

“A Serra precisa de um teatro. Um povo sem cultura é um povo sem história. Mas por que ele (o teatro) não fica perto do Parque da Cidade, juntando o lazer e a cultura?”, sugeriu.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

*