Nova pesquisa: Hartung 45% e Casagrande 39%

today3 de outubro de 2014
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A última pesquisa feita pela Brand/Século Diário aponta para a possibilidade de segundo turno nas eleições para governador no estado do Espírito Santo. Na menção estimulada, quando é apresentado ao eleitor os nomes dos candidatos, Paulo Hartung (PMDB) aparece com 45% e Renato Casagrande (PSB) com 39% das intenções de votos.

Roberto Carlos (PT) e Camila Valadão (PSOL) aparecem rigorosamente empatados com 3% cada; Mauro Ribeiro (PCB) não atingiu um ponto.

Para o cientista político e articulista d0 site Século Diário, Antônio Carlos de Medeiros, há um empate técnico entre as intenções de voto estimuladas do candidato do PMDB (45%) e as intenções de voto estimuladas de Renato Casagrande (39%), de Roberto Carlos (3%) e de Camila Valadão (3%), que, somadas, também chegam a 45%. “Pode-se afirmar, portanto, que há a possibilidade de segundo turno entre Hartung e Casagrande”.

Segundo Medeiros, a pesquisa registra um quadro de estagnação nas intenções de voto para Hartung e um quadro de crescimento para Casagrande.

Na menção espontânea, a análise do cientista político fica ainda mais evidente. Hartung passou de 36% para 38%, oscilando dentro da margem de erro da pesquisa, que é de 2,8% pontos percentuais para mais ou para menos, enquanto que Casagrande teve um crescimento de seis pontos, passando de 28% para 34%.

“Considerando que os indecisos diminuíram na menção espontânea, de 27% para 21%, pode-se afirmar que Renato Casagrande capturou, proporcionalmente, maior volume de votos consolidados do que Hartung”, afirmou Medeiros.

Já na menção estimulada Hartung permaneceu estagnado no patamar de 45% das intenções de voto, enquanto Casagrande oscilou positivamente de 36% para 39%. Ele chama atenção para o fato de a diferença entre Hartung e Casagrande, que era de 9% na pesquisa anterior, ter caído para seis pontos.

Na simulação de um segundo turno entre Paulo Hartung e Renato Casagrande, ambos registraram crescimento. O candidato do PMDB passou de 47% para 51% das intenções de voto, enquanto que o do PSB subiu de 38% para 42%.

Paulo Hartung, destaca Medeiros, ainda mantém o favoritismo em caso de segundo turno contra Casagrande.

Votos consolidados X indecisos
A pesquisa mediu o índice de consolidação de votos e a tendência dos votos dos indecisos. Quanto à consolidação de votos dos eleitores que declararam votar em Paulo Hartung, 18% afirmaram que ainda podem mudar o voto. O índice de consolidação representa 21% dos eleitores que se disseram votantes de Casagrande.

Nesta reta final da campanha, os candidatos continuam de olho nos votos dos indecisos, que são 7% na menção induzida e 21% na espontânea.

“A permanência de significativa indecisão de 21% dos eleitores (espontânea), conjugada com o registro de significativo potencial de volatilidade e migração de votos nos últimos dias, sinaliza que os indecisos e os “infiéis” podem decidir as eleições na última hora e levar as eleições para governador para o segundo turno”, adverte Medeiros.

Quando o cientista político diz “infiéis, ele está se referindo aos eleitores que embora tenham declarado voto em um dos candidatos, admitem que ainda podem mudar de ideia na última hora.

Diante da pergunta: “Caso você decida votar em alguém para governador (ou caso mude seu voto), qual destes candidatos teria maior chance de conquistar seu voto no dia das eleições?” — (incluem os indecisos e os eleitores que se disseram vulneráveis a mudar o voto até o dia 5 de outubro). Desse universo, 36% disseram que dariam seu voto para Hartung e outros 33% para Casagrande, mas 21% permanecem indecisos.

Quando é feita a mesma pergunta somente para os indecisos da pesquisa induzida (7%), Hartung soma 23% e Casagrande 17%, mas o índice de eleitores que ainda não definiu o voto permanece muito alto: 55%.

Rejeição
Enquanto quase metade dos eleitores (45%) não se opõe a nenhum dos candidatos, Casagrande aparece com 13% de rejeição, contra 11% de Hartung e 10% para Camila e Roberto Carlos.

O candidato do PMDB aparece tecnicamente empatado com o governador, que geralmente tem rejeição mais alta que seus adversários, justamente por estar à frente do governo.

Quanto a Camila, a defesa mais aberta de algumas posições consideradas polêmicas pelo eleitorado mais conservador pode ter colaborado para aumentar a rejeição da candidata do PSOL; Roberto Carlos segue patinando na campanha, sem propostas claras. Ele também passou a defender mais incisivamente o governo da presidente Dilma. Fatores que podem ter aumentado sua rejeição.

Metodologia
Foram entrevistados 1.206 eleitores com 16 anos ou mais, em 83 pontos de afluência distribuídos por 18 municípios em quatro regiões de coleta, entre os dias 29 de setembro e 1° de outubro. A margem de erro é de 2,8 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95%.

A estatística Lucia Helena Sagrillo (reg. prof. 8451, CONRE-2) responde pela amostra. A supervisão de campo e conferência interna coube ao diretor da BRAND, Lucas Margotto.

Os dados estatísticos são apresentados na forma de números absolutos, sem casas decimais, seguindo o padrão dos principais institutos de pesquisa do país. A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral sob o número de protocolo BR-00929/2014.

Com informações do Século Diário
Foto www.folhavitoria.com.br

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