Parque Costeiro vai ser inaugurado em agosto, na praia de Camburi

today2 de maio de 2024
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O presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia, deputado Fabrício Gandini (PSD), declarou que o novo espaço de lazer e educação ambiental é uma medida de compensação pela poluição causada pela Vale

Uma novidade para os moradores de Vitória e da Serra. Daqui a quatro meses, em agosto, a Vale anunciou que irá inaugurar o Parque Costeiro, uma nova área de lazer de 17,6 mil metros quadrados que incluirá espaços voltados para atividades de educação ambiental, pesquisa e recuperação do ambiente costeiro.

No local, também há trilhas ecológicas com vistas panorâmicas para a baía de Vitória. Trata-se de uma nova visão da capital capixaba, que promete atrair moradores e turistas.

O novo parque, que será integrado ao já existente Atlântica Parque, está localizado na área norte da praia de Camburi e irá atender ao bairro de Jardim Camburi, em Vitória, que tem população estimada em 70 mil pessoas, e ao município da Serra.

O Parque Costeiro contará com uma sede administrativa, auditório, trilhas, áreas de lazer, de energia solar, de educação ambiental e até uma ponte sobre o rio Camburi, que levará a uma trilha dentro da área que está sendo recuperada com o plantio de espécies de restinga.

Também haverá uma área de lazer para a sociedade, com acesso a uma biquinha, fonte de água potável e mirante, de onde poderá ser contemplada toda a baía. O local vai funcionar em horário similar ao Parque Botânico, de terça a domingo, das 8 às 17h, e será administrado pela Vale.

O anúncio da inauguração do Parque Costeiro foi feito no último dia 24 pela coordenadora de Meio Ambiente da Vale, Amália Alves, durante reunião extraordinária da Comissão de Proteção ao Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, que é presidida pelo deputado estadual Fabrício Gandini (PSD). Na pauta estava a atualização sobre o andamento do Termo de Compromisso Ambiental (TCA) para a praia de Camburi.

COMPENSAÇÃO
Assim como ocorreu com o Atlântica Parque, que foi entregue em 2019, o novo espaço de lazer e educação ambiental é uma medida de compensação pelas atividades desenvolvidas pela mineradora em Vitória e faz parte do TCA assinado pela Vale, em 2017, junto com os ministérios públicos Federal e Estadual, o Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Vitória (Semmam).

“É importante que as pessoas saibam que o TCA foi criado porque a Vale poluiu aquela região por muito tempo, com a descarga de minério na praia. O TCA trata da balneabilidade e recuperação de uma área historicamente impactada pela poluição. Há, ainda, inúmeras questões para ser resolvidas, mas estamos fiscalizando e avançando”, garantiu Gandini.

São seis ações estruturantes: despoluição do rio Camburi, monitoramento específico da área de intervenção da praia; recuperação da orla emersa, medidas compensatórias à recuperação ambiental, medidas adicionais à recuperação ambiental; e mobilização social.

O presidente da Comissão de Meio Ambiente informou que foi realizada a troca da areia da praia, mas cobrou a despoluição do córrego Camburi. Para isso, ele sugeriu a realização de vários tipos de exames, e não somente um, para que as pessoas possam saber quais tipos de metais estão ali e se eles causam danos à saúde.

“Também estão sendo feitos alguns equipamentos: o Atlântica Parque foi entregue em 2019. Agora será a vez do Parque Costeiro. Haverá a troca da restinga da praia. Estou acompanhando, mas é preciso alguns ajustes para, ao entregar essas obras, tenhamos o córrego despoluído”, insistiu Gandini.

Sobre a despoluição do rio, Amália explicou que as ações de cessão de fontes de poluentes estão funcionando. A medida segue um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) envolvendo Ministério Público, órgãos e secretarias dos governos estadual e municipal, além da Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan).

Em relação ao monitoramento da área de intervenção da praia, a representante da Vale apontou que já houve um primeiro plano com pontos de monitoramento tanto no mar quanto na faixa de areia.

“Agora a gente está elaborando o segundo plano de trabalho para a aprovação tanto do governo quanto da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Vitória, e a execução dessa segunda fase será após a finalização da última obra”, declarou.

A recuperação da orla emersa já foi finalizada, com a substituição da areia numa área de aproximadamente 40 mil metros quadrados de movimentação. O próximo passo seria a recomposição da vegetação. Segundo Amália, “já foram plantadas 8 mil mudas e faltam ainda mais 4 mil mudas”.

No item medidas compensatórias, a coordenadora citou o Atlântica Parque e a proteção da restinga como as já concluídas. Sobre a quinta ação estruturante – medidas adicionais em recuperação ambiental – a Vale citou um acordo com a Prefeitura de Vitória para elaboração de estudo, já entregue, de recuperação da erosão na parte sul da praia.

Amália também informou que existem ações de mobilização social com eventos, campanhas ecológicas, diálogo direto e a própria comunicação social da empresa.

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