Assembleia aprova nota de repúdio de Bruno Lamas contra agressão à mãe do governador
O plenário da Assembleia Legislativa aprovou ontem (16), por 27 votos favoráveis, uma ausência e dois contrários – os de Capitão Assumção (Patriota) e de Torino Marques (PSL) –, a nota de repúdio proposta pelo parlamentar Bruno Lamas (PSB) contra a agressão de um grupo de manifestantes favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que foi até o edifício onde mora dona Anna Venturim Casagrande, mãe do governador Renato Casagrande, protestar contra as medidas restritivas de enfrentamento à Covid-19 no Estado.
Bruno fez questão de fazer a leitura da nota em plenário, que foi colocada em votação pelo presidente interino, o deputado Marcelo Santos (Podemos).
“O que ocorreu foi um atentado à saúde e dignidade da mulher, cidadã capixaba e idosa Anna Venturim Casagrande”, declarou Bruno.
Após percorrerem ruas de Vitória e Vila Velha, manifestantes bolsonaristas se concentraram em frente ao prédio onde vive o governador e, depois, foram até o edifício em que mora a mãe dele, com atitudes agressivas.
Para Bruno, dona Anna foi vítima de violência psicológica, por ter sido submetida a constrangimento, humilhação e violação de sua intimidade, além da limitação do seu direito de ir e vir.
Além disso, ele destaca na nota de repúdio que a mãe do governador é idosa, ou seja, tem 88 anos, e mulher.
“Buscaremos sempre abolir a impunidade e acabar com todas as formas de violência praticadas contra a mulher, como ocorreu no evento (manifestação) ocorrida no último dia 14”, declarou.
E emendou: “Lutamos diariamente por uma sociedade livre, igualitária, guiada pela valorização da dignidade da pessoa humana, pelos princípios democráticos, pelo livre exercício da cidadania, sem deixar de respeitar os valores dos demais humanos e seus familiares, no caso específico da pessoa idosa”.
A deputada Iriny Lopes (PT) fez quórum à iniciativa de Bruno, e lembrou que uma nota em solidariedade à dona Anna também foi proposta pelo socialista.
Iriny cobrou uma posição de Marcelo sobre a segunda nota, mas o deputado frisou que ela também tinha sido aprovada.



