Gandini fiscaliza obra da Cesan em Ponta da Fruta que já dura mais de 15 anos

today24 de abril de 2024
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Deputado cobrou pressa para conclusão, mas destacou que, com a entrega de nove elevatórias, boa parte dos moradores poderá fazer a ligação das residências à rede de esgoto

O deputado estadual Fabrício Gandini (PSD), presidente da Comissão de Proteção ao Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, esteve na Elevatória nº 6, que está pronta e será colocada em breve em operação, para cobrar a conclusão das obras da Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan), na região de Ponta da Fruta, em Vila Velha, que já duram mais de 15 anos.

“Não são 15 meses, mas 15 anos de atraso de obras, de dinheiro público desperdiçado, de crimes ambientais, de transtornos, de brigas entre os próprios moradores. Essa é a indignação de quem ama o lugar em que mora e quer ver o fim dessas obras”, questionou o morador de Nova Ponta da Fruta, Sandro Dias de Alvarenga.

As obras – que estão sendo realizadas nos bairros de Ponta da Fruta, Barra do Jucu, Interlagos e Morada do Sol, em Vila Velha, e Recanto da Sereia, em Guarapari –, são para a implantação do sistema de esgotamento sanitário, no valor de R$ 36,5 milhões, e devem melhorar a qualidade de vida de 25 mil habitantes, inicialmente, podendo chegar a beneficiar 66,3 mil pessoas até 2040, já que o sistema de esgoto foi projetado para acompanhar o crescimento populacional e a demanda futura.

Após a conclusão, os serviços de coleta e tratamento de esgoto vão evitar a proliferação de doenças de veiculação hídrica e contribuirão para a preservação de alguns mananciais.

A obra compreende a construção de 76,8 quilômetros de redes de esgoto, 8,6 quilômetros de emissário de esgoto bruto, 3.580 ligações de esgoto e 17 elevatórias de esgoto bruto. Todos os resíduos serão tratados na Estação de Tratamento de Esgoto Grande Terra Vermelha, que será construída.

O também morador de Nova Ponta da Fruta, José Brambilen, questionou o longo prazo de duração da obra e criticou o fato do contrato ser concluído no próximo dia 5, mas sem a conclusão dos serviços.

“O contrato vence agora no dia 5, mas o serviço não ficou pronto. Eu não entendi isso aí. Tá na hora da Cesan tomar vergonha e acabar com esse serviço”, criticou.  

Gandini – que a cada dois meses não abre mão de fiscalizar os serviços pessoalmente, a pedido dos moradores –, lembrou que, apesar dos atrasos da atual empresa, que deverá ser substituída, de nove a 11 elevatórias serão colocadas em operação em breve.

“Vamos resolver os problemas de uma boa parte da região. Acho importante focar no que está andando. Eu tenho o compromisso com os moradores de ir até o final. Estou aqui, e creio que isso está sendo importante. A população precisa saber quais elevatórias estão feitas, para saber qual região será atendida com mais velocidade. Se está pronta, começa a fazer a operação para testar e, depois, vai autorizando as ligações à rede de esgoto”, frisou Gandini.

A estação elevatória de esgoto é uma construção, uma espécie de poço equipado com bombas instaladas no fundo, que bombeiam o esgoto do ponto mais baixo para um ponto mais elevado, até chegar numa Estação de Tratamento de Esgoto (ETE).

“Eu cumpri com a minha palavra e as obras estão sendo realizadas pela Cesan”, destacou o deputado, ao ser lembrado por um morador que desde a primeira reunião na Assembleia Legislativa, que aconteceu em 14 de fevereiro de 2022, ele jamais abandonou as comunidades.

O vereador de Vila Velha, Osvaldo Maturano (PRD), líder do prefeito Arnaldinho Borgo (Podemos), informou que protocolou um pedido de acompanhamento das obras, na Câmara Municipal, alinhado com o mandato de Gandini.

“Quero ser justo: se o Gandini não estivesse aqui, as obras não estariam onde estão. E a comunidade tem de pressionar mesmo!”, declarou.

A diretora de Engenharia e Meio Ambiente da Cesan, Kátia Côco, frisou que a companhia faz obras em 40 municípios do Estado, mas que há uma atenção especial para a região. Ela reconheceu que houve problemas, mas garantiu que as obras não serão paralisadas.  

Segundo Kátia, das 17 elevatórias planejadas, nove já estão concluídas, duas estão em andamento e seis ainda em fase de construção. Conforme a diretora, no próximo dia 5, haverá o fim do atual contrato e a mudança da empresa que realizará as obras. A expectativa é de que os serviços só sejam concluídos no final do ano.

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