Comissão vai ouvir construtora de condomínio que teve de substituir caixa d’ água na Serra

today10 de maio de 2021
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O presidente interino da Comissão de Cidadania, deputado Bruno Lamas (PSB), vai ouvir amanhã (11), às 13h, durante reunião virtual, o representante da MRV, construtora responsável pelo Condomínio Residencial Top Life Cancun, de São Diogo, na Serra, onde uma caixa d’ água precisou ser substituída porque havia risco de desabamento, segundo apontou o Conselho de Engenharia e Agronomia do Estado (Crea-ES).

Serão ouvidos: Celso Freiras Ferreira, representante da MRV, além do morador e síndico do Top Life, Luiz Cláudio Almeida Silva.

A presença dos representantes das construtoras à Comissão de Cidadania é um pedido de Bruno, que cobrou explicações sobre os problemas estruturais que resultaram no desabamento de caixas d’água, destruição de apartamentos, desalojamento de famílias e até levou à morte de um trabalhador em Cariacica.

Foram convidados a se explicar, além da MRV, os responsáveis pelo Condomínio Residencial Vila Velha, que fica no bairro Jabaeté, no caso as empresas R. Carvalho Construções e Empreendimentos Ltda, Decottignes Construção e Incorporação Ltda e Solare Construtora e Incorporadora Ltda; a Cobra Engenharia, responsável pelo Condomínio Residencial São Roque I e II, em Padre Gabriel, Cariacica; e a AB Construtora, representante do Condomínio Residencial Otílio Roncetti, no bairro Gilson Carone, em Cachoeiro de Itapemirim.

As unidades fazem parte do programa Minha Casa, Minha Vida, que têm apresentado problemas em série no Estado.

A MRV Engenharia seria ouvida pela comissão no último dia 30 de março, mas não enviou representante na ocasião. A única construtora que participou de reunião virtual na comissão até agora foi a Cobra Engenharia, responsável pelo Condomínio Residencial São Roque I e II, em Padre Gabriel, Cariacica – onde duas torres d’ água de 15 metros de altura desabaram, deixando dezenas de famílias desalojadas e matando uma pessoa.

Quem falou em nome da construtora foi a gestora de crise contratada pela empresa, Fabiana Franco. A representante mostrou aos deputados uma linha do tempo de ações da empresa para mitigar os efeitos da tragédia no dia a dia dos moradores.

No dia 30 de dezembro do ano passado, os dois castelos d’água que abasteciam as 496 unidades residenciais do condomínio se romperam, provocando a morte de um funcionário que fazia a manutenção das estruturas.

Com o rompimento das torres, além da morte do funcionário, vários moradores tiveram que deixar seus apartamentos. Os que permaneceram no condomínio ficaram sem abastecimento de água e gás por alguns dias. A expectativa é de que os problemas sejam resolvidos com a articulação dos deputados.

Para a deputada Iriny Lopes (PT), as construtoras ausentes “não deram a devida atenção e o respeito às necessidades dos moradores”.

A Caixa Econômica Federal também foi convidada a participar, uma vez que as obras foram financiadas e deveriam ser fiscalizadas pelo banco.

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