Gandini abre as portas da Assembleia para alunos simularem reunião da ONU
Com o apoio do deputado, 80 alunos do Sistema Educacional Brasileiro (SEB), unidades de Vitória e Vila Velha, ocuparam o Legislativo estadual para discutir geopolítica, exercitar a oratória e aprender a resolver conflitos por meio do diálogo
Discutir geopolítica, exercitar o poder do discurso e da oratória, além do exercício do diálogo para resolver conflitos. Com essa finalidade, 80 alunos do ensino médio do Sistema Educacional Brasileiro (SEB), das unidades de Vitória e Vila Velha, ocuparam ontem (20) a sede do Legislativo estadual para colocar em prática o projeto MiniONU, que simula a abertura da reunião anual das Nações Unidas.
O projeto, que ocorre em várias capitais do país e, no Estado, é realizado pela rede de colégios do SEB, e aconteceu no Plenário Dirceu Cardoso, usado pelos parlamentares estaduais para as sessões, e contou com o apoio e participação do deputado estadual Fabrício Gandini (PSD), que recebeu os representantes da escola em seu gabinete para a organização do evento. Os debates acontecem neste sábado, dia 22, no SEB de Vitória.
O coordenador pedagógico do SEB Vitória, professor Hélio Farias, destacou a importância dos alunos exercitarem a oratória, o discurso e o diálogo, além da compreensão do contexto mundial.
“O mais importante é despertar nos alunos o entendimento de que os conflitos mundiais devem ser resolvidos por meio da diplomacia, e não de guerras”, declarou.
Em sua segunda edição na Assembleia Legislativa, o evento foi importante para destacar o lado crítico nos alunos. A aluna Letícia Pavesi, do SEB Vila Velha, representou a Palestina com o trabalho de uma jornalista da rede de TV Al Jazeera, emissora estatal do regime islâmico do Qatar. Ela buscou mostrar a gravidade da correspondente ter sido banida de Israel em maio deste ano.
“Minha simulação busca mostrar o tipo de abordagem dessa importante rede internacional de televisão, que foca os debates da ONU numa linha editorial alinhada com a causa dos povos palestinos”, explicou.
Outro aluno foi Abraão Saleme Corrêa, do SEB Vitória, que representou o Equador. Para ele, os países latino-americanos têm o papel de aproveitar a oportunidade para deixar claros os desafios pelos quais o continente passa.
“As decisões da ONU estão nas mãos de poucos países poderosos. Acredito que seria importante haver uma mudança nisso, porque o mundo hoje tem outra configuração geopolítica”, opinou.
Para Gandini, o debate possibilita que os alunos compreendam a complexidade do mundo atual, dos conflitos e das guerras. O deputado é vice-presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa e destacou a iniciativa da Escola SEB de fomentar o lado crítico dos alunos, o que o fez apostar na ideia.
“É uma oportunidade de aprenderem ainda sobre gestão pública, já que no âmbito da ONU são discutidos também temas importantes que envolvem políticas públicas para o desenvolvimento sustentável do planeta”, pontuou.
Ao final do evento, o parlamentar entregou aos alunos um Voto de Congratulação, com a máxima “Tente mover o mundo, mas comece movendo a si mesmo”.
fotos Mara Lima