Gandini estuda treinamento de segurança para alunos nas escolas do Estado

today15 de abril de 2024
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O vice-presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa recebeu em seu gabinete os representantes do Guardião Escolar, maior empresa de gestão de segurança nas escolas do Brasil. Objetivo é conter a violência nas unidades de ensino do Espírito Santo e saber como proceder em caso de incêndio e desastres naturais

No ano passado, o Brasil registrou nove ataques a escolas, e nove mortes pelo mesmo motivo. O crime passou a aumentar no país e no resto do mundo a partir de 2019, o que preocupa pais, professores, diretores, servidores e os próprios alunos.

Para diminuir essa preocupação e aumentar a segurança nas escolas, o vice-presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, deputado estadual Fabrício Gandini (PSD), recebeu em seu gabinete os representantes da maior empresa de gestão de segurança escolar do Brasil, o Guardião Escolar, para tratar sobre medidas que podem auxiliar os alunos em casos de ataques, incêndio e desastres naturais.

O fundador do projeto, o ex-policial militar e bombeiro Rafael Luz, explicou, em encontro realizado na última sexta (12), que a empresa ajuda as escolas a terem um ambiente mais seguro para todos, por meio de treinamentos, relatórios e protocolos de segurança.

“A gente enxerga a segurança nas escolas de uma maneira muito global, entendendo que cada informação precisa ser adequada à idade do aluno”, declarou.

Para Rafael, é importante que as crianças realmente entendam o que deve ser feito nesses casos e, para isso, vale o uso da forma lúdica de explicar.

“Temos o Pascoal, mascote do Guardião Escolar. É um menino que protege a escola dele do vilão ‘Vento do Norte’. Para isso, ele monta um plano de segurança, que é exatamente o protocolo que a criança tem de cumprir. É uma forma delas (as crianças) entenderem”, contou.

Leonardo Simonetti, diretor regional da empresa no Espírito Santo, reafirma que quando há o ataque é porque as medidas de segurança da escola já não funcionaram. Por isso, a melhor medida é ensinar como se deve proceder depois disso.

No Estado, atualmente, o Guardião Escolar atua em três escolas particulares: a rede Maple Bear, o Colégio Renovação e o Sesi.  Mas, o objetivo é chegar à rede pública de ensino.

“Dói muito porque a maioria dos ataques acontece nas escolas públicas. Você vê as crianças, os pais e professores totalmente perdidos. Não tem nem o treinamento de incêndio”, pontuou Rafael.

Gandini, por sua vez, disse que quer participar de um desses treinamentos. “Não temos justificativa para não fazer. Podemos pensar em uma legislação para isso. O ideal seria que a Secretaria de Estado da Educação contratasse para todas as escolas, mas sabemos que a quantidade de demandas para a educação é bem alta”, explicou, afirmando que vai verificar as possibilidades do trabalho ser implementado nas escolas públicas.

BULLYING
O deputado é autor do Projeto de Lei 293/2023, que visa criar um órgão especializado da Secretaria de Estado da Educação (Sedu) para receber e processar denúncias de violência psicológica, como bullying, intimidação e discriminação. Nesse caso, cabe à escola notificar o ocorrido. Depois, o órgão promoverá a assistência e intervenção necessárias.

Gandini defende que, caso o projeto de lei seja aprovado, ocorrerá de fato prevenção. Segundo ele, a tendência é de que diminuam os casos de bullying – prática sistemática e repetitiva de atos de violência física e psicológica, tais como: intimidação, humilhação, xingamentos e agressão física –, que é a principal causa dos ataques.

O parlamentar convidou os representantes do Guardião Escolar para participar de uma das reuniões da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, para que possam apresentar aos demais membros do colegiado o trabalho que é desenvolvido.

“Se o projeto andar aqui no Estado, teremos a primeira rede pública fazendo integralmente cursos de segurança voltados para escola”, ressaltou Rafael.

foto Giulia Pin

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