Serra vai reduzir de 21 para 9 as Estações de Tratamento de Esgoto

today12 de abril de 2021
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Das existentes, serão mantidas as ETEs de Civit I, Furnas, Serra-Sede, Jardim Carapina, Nova Almeida,
Manguinhos, Jacaraípe (nova) e André Carloni. A de Alphaville ainda será construída

Das atuais 21 Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), o município da Serra irá manter apenas oito, que serão modernizadas, e irá construir uma nova em Alphaville. A informação é de Justino Brunelli, diretor-presidente da Serra Ambiental, empresa responsável pelo esgotamento sanitário do município.

Justino garantiu, contudo, que não haverá perdas para o ecossistema. Ele participou, na última quarta-feira (7), da reunião virtual da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, a pedido do presidente da sessão, deputado Bruno Lamas (PSB), quando deu um panorama das ações de saneamento básico na Serra.

Hoje, 30% da população da Serra não tem esgoto coletado e tratado. 0 município possui 21 ETEs, mas até janeiro de 2025, como prevê o Plano Municipal de Saneamento, terá 13 desativadas, ficando com oito, que serão totalmente modernizadas.

Serão mantidas as ETEs de Civit I, Furnas, Serra-Sede, Jardim Carapina, Nova Almeida, Manguinhos, Jacaraípe (nova) e André Carloni. As demais terão seus espaços devolvidos à prefeitura. A de Alphaville ainda será construída.

Jacaraípe
A vereadora da Serra Raphaela Moraes (Rede) questionou acerca da construção da nova ETE de Jacaraípe, uma vez que a atual existente no bairro, assim como a de Feu Rosa, serão desativadas.

“Temos um terreno comprado, na avenida Audifax Barcelos, para a instalação. Faremos o licenciamento da obra. Os projetos executivos já estão prontos. Acredito que, em 2022 ou 2023, vamos estar começando a atuar”, frisou Justino.

Atualmente, 185 mil litros de esgoto por mês são despejados irregularmente, sem tratamento, em rios, córregos e no mar, prejudicando o meio ambiente na Serra.

Há seis anos, foi firmada uma Parceria Público-Privada (PPP) entre a Serra Ambiental e a Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan), com metas para redução da poluição.

A meta da PPP é atingir 95% de cobertura de esgoto até 2023 e conseguir 95% dos imóveis ligados à rede de esgoto até 2029.

Até agora, 90% (mil quilômetros) de rede já está disponível na Serra, faltam 200 Km, mas 15.247 imóveis ainda não foram ligados à rede coletora da Cesan.

Bruno frisou que, no período de pandemia, muitos proprietários não dispõem dos cerca de R$ 600 necessários para fazer a ligação. Ele fez um apelo aos representantes da Cesan, que também participaram da reunião.

“Queremos que a Cesan faça uso de parte da Tarifa de Disponibilidade de Esgoto, cobrada dos cidadãos na conta de água, para garantir as ligações necessárias. Quinze mil imóveis lançando o esgoto nos mananciais por conta de meio metro de cano, um metro e meio… Eu entendo o desafio, mas é um apelo que faço”, declarou o deputado, que é autor de um projeto de lei sobre o assunto. A empresa sinalizou que fará um estudo para avaliar a viabilidade da proposta.

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