Ação entre Sejus e polícias Militar e Civil prende mulheres que entregavam celulares a presos
Uma ação entre a Secretaria da Justiça (Sejus) e as polícias Militar (PMES) e Civil (PCES) do Espírito Santo prendeu duas mulheres que entregavam telefones celulares para presos do regime semiaberto. A ação ocorreu nesta quarta-feira (15), no Terminal de Campo Grande, em Cariacica, de onde os internos seguiam para atividades laborais fora do sistema prisional.
No local, duas mulheres foram abordadas por policiais penais e militares. Com elas, foram apreendidos 27 celulares, documentos e anotações. As investigações apontam que os aparelhos eram “alugados” para os presos no início do dia e, ao final do expediente, devolvidos para as mulheres, que eram responsáveis pelo armazenamento dos celulares.
“A operação foi desencadeada pela Subsecretaria de Inteligência Prisional da Sejus (Subip), de forma integrada com as demais forças de segurança. Os presos, em razão de ordem judicial e pelo previsto na Lei de Execução Penal (LEP), não podem, entre outras proibições, fazer uso de telefones enquanto estão fora da unidade prisional. Além das mulheres, foram encaminhados à delegacia três internos que haviam recebido os aparelhos e embarcavam no terminal para os locais onde trabalham”, informou o policial penal Weleson Vieira de Souza, da Divisão de Escolta e Recaptura Policial (DERP) da Sejus.
Os presos foram encaminhados de volta para as unidades prisionais de origem, a Penitenciária Semiaberta de Vila Velha (PSVV), no Complexo de Xuri, e a Penitenciária Agrícola do Espírito Santo (Paes), no Complexo de Viana, para que o Poder Judiciário avalie a regressão de regime. As mulheres detidas seguiram para a Delegacia Regional de Cariacica. Elas foram ouvidas e liberadas, após a autoridade policial entender que não existiam elementos suficientes para lavrar um auto de prisão em flagrante naquele momento. O caso seguirá sob investigação.
“Dos 27 aparelhos apreendidos, 11 deles estavam desbloqueados, possibilitando a averiguação do IMEI. Consultando no sistema, nenhum dos 11 celulares apresentou restrição de furto e roubo. Em relação aos demais, irei solicitar no Judiciário a quebra de sigilo telefônico para ter acesso ao IMEI e verificar se eles têm restrição”, disse a titular do 16º Distrito de Polícia de Cariacica, delegada Argentina Leopoldina da Silva Neta Armantrout.
Um dos detentos, conduzidos ao Distrito, tinha uma bucha de maconha, razão pela qual assinou um Termo Circunstanciado (TC) por posse de drogas para consumo próprio.