Dia do Agricultor: conheça mais sobre a atividade que move o Espírito Santo

today28 de julho de 2020
remove_red_eye302

Comemorar o Dia do Agricultor, nesta terça-feira, dia 28 de julho, é ressaltar a importância desses profissionais que ajudam a mover o Espírito Santo. O trabalho diário dos agricultores possibilita a entrega da maior parte dos alimentos na mesa dos capixabas. A atividade movimenta diversos setores e se estabelece a cada dia mais como um pilar da economia no campo e na cidade.

O último Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017, analisado pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), estimou 108.014 propriedades rurais no Espírito Santo, onde 357.258 pessoas são ocupadas com atividades agrícolas diversas. Do total das propriedades, a estimativa é que 75% sejam de base familiar, o que chega ao número de 80.775 propriedades da agricultura familiar. Nessas propriedades são, aproximadamente, 213.557 pessoas ocupadas na agricultura familiar do Espírito Santo.

Agricultura familiar é predominante no Estado
A agricultura familiar é a atividade predominante no setor agrícola do Espírito Santo e está presente em 75% das propriedades rurais do Estado, ocupando apenas 33% do território agrícola. A agricultura familiar oferta a maior diversidade de alimentos à sociedade capixaba. 

A adoção de práticas ambientalmente corretas, economicamente viáveis e socialmente justas, junto ao  trabalho para promover a segurança alimentar e nutricional, é umas das grandes qualidades da agricultura familiar. Exemplo disso é a produção de leite do produtor e agricultor familiar Fabiano Soares, de Mimoso do Sul.

“Hoje, a pessoa que consome o leite que sai daqui toma o mesmo leite que eu ofereço ao meu filho. Eu não quero que meu filho beba um leite de má qualidade. Então, acredito que quem consumir o leite que está lá no tanque vai comprar o mesmo leite que meu menino bebe”, disse Fabiano Soares.

A agricultora familiar Maria D’juda, de Conceição da Barra,  que cultiva mandioca e produz farinha da raiz, destaca os benefícios do trabalho em família e a importância de compartilhar o conhecimento para movimentar a atividade. 

“A sabedoria do outro ajuda e é assim que a gente trabalha. Quando um não sabe, o outro ajuda. Quando o outro não conhece ou não tem entendimento, o outro ensina. E assim nós estamos de braços dados. Um ensinando o outro e a comunidade caminhando”, relatou Maria D’juda. 

Créditos para setor fortalecem agricultores
Na última semana, no Dia do Agricultor Familiar, que aconteceu no último 24 de julho, o Governo do Estado anunciou a disponibilidade de R$ 200 milhões para financiamentos de crédito rural a agricultores do Estado pelo Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes), no Plano Safra 2020/21. O crédito estará disponível para o financiamento de máquinas, equipamentos e implementos agrícolas, aquisição de animais, renovação e implantação de lavouras, construção e reformas, aquisição de insumos, dentre outros. 

O Incaper, por meio de um convênio com o Banestes, fará a Prestação de Serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural para a concessão de Crédito Rural aos produtores capixabas. A finalidade do convênio é a execução de programas de crédito rural, conjugado com a assistência técnica e extensão rural, elaboração de laudos de avaliações de bens e periciais, em conformidade com o Manual de Crédito Rural (MCR) e demais legislações e normas vigentes dos governos Federal e Estadual. 

Destinado aos agricultores familiares, também foi lançado o 3º Edital do Fundo Social de Apoio à Agricultura Familiar (Funsaf) pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), em parceria com Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Serão disponibilizados R$ 3 milhões para qualificar a estrutura produtiva das associações e cooperativas de agricultores familiares do Espírito Santo, por meio de apoio a projetos voltados para a produção, agroindustrialização, beneficiamento e comercialização dos empreendimentos.

Por Andreia Ferreira e Thiago Borges (estagiário).

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

*