Gandini pede convocação da Eco 101 para explicar novo contrato de duplicação
Deputado cobrou a presença de representantes da concessionária à Assembleia Legislativa, com o objetivo de esclarecer detalhes sobre o contrato da BR-101, repactuado com o TCU, e chamou suposto acordo de confidencialidade de falta de transparência
O deputado estadual Fabrício Gandini (PSD), presidente da Comissão Especial de Fiscalização da Infraestrutura das BRs 101, 262 e Rodovia do Sol na Assembleia Legislativa, fez um forte discurso hoje (21), cobrando a convocação de representantes da Eco 101 para esclarecer detalhes sobre o novo contrato de duplicação da BR-101.
Segundo Gandini, ao convidar a concessionária para uma reunião na Assembleia, a empresa informou que não poderia falar sobre o contrato devido a um acordo de confidencialidade firmado com o Tribunal de Contas da União (TCU).
“É muito estranho um órgão de controle firmar um acordo de confidencialidade sobre um contrato que já deveria ter sido finalizado, pois nem 10% do que foi acordado foi cumprido. Para mim, há algo errado acontecendo”, afirmou Gandini, chamando atenção para a falta de transparência.
O deputado também sugeriu ao presidente da Comissão de Infraestrutura, Alexandre Xambinho (Podemos), que faça a convocação oficial dos representantes da Eco 101, ação que pode ser tomada por presidentes de comissões permanentes. Gandini também considerou a possibilidade de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades.
Xambinho apoiou a proposta e reforçou a crítica à concessionária: “O capixaba está cansado da ‘Eco 171’, que só enganou o povo e levou o dinheiro do pedágio que nós pagamos. Vamos convocar a empresa para ouvir esses atores e cobrar uma atuação mais forte da bancada federal e também da ANTT, do governo federal, pois a BR-101 já deveria estar duplicada.”
Xambinho ainda destacou que, pela maneira como o contrato foi conduzido, a Eco 101 não tem garantido o que foi prometido, prejudicando a logística e a segurança no Espírito Santo. Ele reforçou a gravidade da situação, mencionando as vidas perdidas diariamente na rodovia.
“É uma máquina de matar gente em vários trechos. Nada foi feito, e agora tudo virou segredo”, reforçou Gandini.
E insistiu: “Tem gente poderosa possivelmente segurando as pontas para que este contrato não seja encerrado porque há muito tempo a BR já deveria ter sido relicitada para termos de fato uma via que preserve a vida das pessoas.”
foto Ellen Campanharo/Assembleia Legislativa