Prédio que desabou em Vila Velha: saiba quem são as vítimas
O imóvel de três andares que desabou na manhã desta quinta-feira, 21, no bairro Cristóvão Colombo, em Vila Velha, deixou cinco vítimas, sendo que quatro são da mesma família.
Estavam no prédio, que foi abaixo após uma explosão, Eduardo Cardoso, 68 anos, as filhas dele: Larissa Morassuti, 36 anos, e Camila Morassuti Cardoso, 33, a filha de Camila, Sabrina Morassuti Lima, 15 anos, e uma amiga da família não identificada.
Larissa Morassuti foi a primeira vítima a ser resgatada, por das 12h, e levada para o Hospital São Lucas, em Vitória.
Camila foi a segunda resgatada, cerca de três horas depois, mas não resistiu e morreu. O corpo foi encaminhado para o Departamento Médico Legal de Vitória.
A filha de Camila, a adolescente Sabrina Morassuti Lima, foi localizada por volta das 14h. Os bombeiros conversavam com ela e tentavam retirá-la dos escombros, mas o fato de Camila estar presa entre as lajes está dificultando o trabalho da equipe. Até as 19h, ela ainda não havia sido retirada.
Em um dado momento, por volta das 17:30h, a adolescente parou de se comunicar e uma médica do SAMU entrou em um buraco para levar oxigênio para a jovem.
Eduardo e a amiga da família ainda não foram localizados.
As buscas já duram mais de 12 horas e cães farejadores estão auxiliando na tentativa de localizar as outras vítimas.
Prédio estava irregular
Especialistas do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea/ES) constataram que o prédio foi executado de maneira irregular, sem projetos, sem anotações de responsabilidade técnica, sem acompanhamento de um profissional de Engenharia e sem cumprir as Normas Brasileiras Regulamentadoras (NBRs).
O presidente do Crea/ES, Engenheiro Jorge Silva, faz um alerta a população: “Na hora de construir ou reformar, procure uma empresa ou profissional legalmente habilitado para realizar obras e serviços de Engenharia. Isso traz mais economia, qualidade e segurança para os moradores e também para a comunidade do entorno. Construção clandestina expõe o imóvel e as pessoas a grandes riscos, até mesmo causando vítimas, como infelizmente ocorreu neste caso”.
O Conselho continuará acompanhando o caso junto ao Corpo de Bombeiro. “Nossa função é a fiscalização do exercício profissional, mas nossa atuação tem ido além, educando, orientando e contribuindo com a população e com os órgãos públicos de defesa da sociedade, quando na ocorrência de incidentes como esses”, disse Jorge Silva.
fonte Folha Vitória
foto CREA/ES