Ripa na Chulipa – Edição 274
Sem previsão para votar orçamento
Esta é a situação da Câmara da Serra após muita polêmica envolvendo a escolha da Mesa Diretora. O Poder Legislativo Serra no encerrou o ano sem votar o orçamento 2015 para o município. Os vereadores até que tentaram realizar a votação no fechar das cortinas de 2014, mas a sessão que aprovou o projeto foi anulada. Enquanto isso, a peça orçamentária não tem previsão de quando será apreciada. A prefeitura agora precisa fazer um novo projeto, realizar audiências públicas, para depois enviá-lo novamente para o Legislativo. Enquanto a secretaria de Planejamento não conclui os trabalhos, o Executivo está usando 1/12 do orçamento para pagamentos de servidores e contratos contínuos.
Racionamento
O Governo anunciou medidas para conter o desperdício, que atingem agricultura e indústria. Em Guarapari, por exemplo, está proibido lavar calçadas e encher piscinas. O problema é sério, mas ainda não se viu nenhuma campanha de conscientização pelo uso racional da água.
Não decolou
Com a maioria dos deputados já apoiando à reeleição do presidente da Assembleia Legislativa, Theodorico Ferraço (DEM), a candidatura do deputado eleito Guerino Zanon (PMDB) para comandar a Mesa Diretora está difícil decolar. Nos bastidores da Casa, há quem aposte que o peemedebista, que tem pretensões de disputar a prefeitura de Linhares em 2016, embora tenha sido derrotado nas últimas eleições, tenta negociar sua saída aos 45 minutos do segundo tempo. É aquela velha prática da barganha política.
Enfraquecido
Vai vendo… Guerino deve desistir de concorrer ao cargo em prol de uma candidatura de consenso para depois lá na frente receber alguma coisa em troca. Mas com a candidatura cada vez enfraquecida e sem apoio, dizem até que vai ser difícil negociar sua rendição.
Socialistas em crise
Políticos ameaçam desfiliação em massa do partido após a saída do ex-governador Renato Casagrande (PSB) do Palácio Anchieta. Por lá a situação de alguns socialistas dentro do partido está ficando insustentável. Internamente já existem rumores de que uma desfiliação em massa estaria sendo orquestrada para os próximos dias. A insatisfação seria por conta da posição de Casagrande que vem criticando exaustivamente o atual Governo. Há lideranças importantes do partido encabeçando o movimento, que atinge vereadores, prefeitos e deputados. Com a saída do PSB, os insatisfeitos poderiam ensaiar uma aproximação com o governador Paulo Hartung (PMDB).
Assédio
Caso a desfiliação se confirme, outras legendas já são cogitadas para receber o grupo de rebelados. Entre os mais cotados estão Rede, PMDB e até o novo PL, que deve ser recriado após a fusão com o PSD. Seria um reforço, principalmente para as eleições municipais de 2016.
Vitória poderá ter 21 vereadores
A polêmica sobre aumentar o número de vereadores na Câmara de Vitória já é antiga e pode voltar à pauta este ano. A ideia seria elevar de 15 para 21 a quantidade de cadeiras no Legislativo da Capital. Rumores apontam que o presidente Namy Chequer (PCdoB) não é muito favorável à proposta pela repercussão negativa que o tema pode causar. Por isso, ninguém quer colocar a cara para bater, principalmente porque as eleições estão quase chegando e há um receio da medida acabar causando uma renovação no plenário. Por outro lado, há um grupo que defende maior representatividade na Casa.
Sem gastos
O argumento dos que defendem o aumento do número de vereadores é de que apesar de mais cadeiras não haveria elevação das despesas. O orçamento será o mesmo independente da chegada dos novos parlamentares. Com isso, reduziriam os gastos em relação ao mandato de cada um dos edis.
Do contra
Em contrapartida, há vereadores que não querem nem discutir a proposta. O que se comenta nos corredores do Legislativo é que alguns já têm como certa a reeleição e não estariam dispostos a correr o risco de perder o mandato com o aumento da concorrência.
Haja milhas
No ano passado, o deputado Sandro Locutor (PPS) foi o que mais gastou com passagens aéreas. De acordo com o portal, foram 11 bilhetes emitidos totalizando quase R$ 18 mil para sair do Espírito Santo voando. Só em diárias pagas pelo contribuinte para ele foram R$ 11,6 mil.
No prejuízo
Ao dar entrada na aposentaria, o deputado estadual Cláudio Vereza (PT) teve uma desagradável surpresa. Descobriu que, embora tivesse contribuído, a Assembleia Legislativa não repassou ao INSS o valor descontado ao longo dos anos de mandato. Conclusão: teve que pagar R$ 17 mil do próprio bolso para conseguir se aposentar. Vereza disse que vai entrar com ação judicial contra a Casa de Leis.