SERRA | Após tratamento terapêutico, paciente busca independência com amigurumis

today5 de novembro de 2023
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Moradora de Camará, na Serra, Raíssa Nolasco, 18 anos, tem o sonho de empreender vendendo seus produtos

A reinserção social do paciente da saúde mental se dá por meio do lazer, exercício dos direitos civis, fortalecimento dos laços familiares e também por meio do trabalho.

O artesanato é uma das muitas ferramentas para o tratamento, pois auxilia na melhoria da qualidade de vida, além disso, possibilita uma fonte de renda, promovendo a inclusão do paciente em sua comunidade.

Moradora de Camará, na Serra, Raíssa Nolasco, 18 anos, tem o sonho de empreender com a venda de amigurumis (bichinhos feitos de crochê), que ela aprendeu a fazer durante seu tratamento terapêutico.

Raíssa já vende seu trabalho para amigos e vizinhos, mas deseja expandir e crescer com o artesanato. Ela produz chaveiros, porta de maternidade, bichinhos, suplat, entre outros objetos, tudo de crochê.

“Depois de Deus, agradeço à minha família e minha mãe, e também ao crochê, que foi uma luz em minha vida, além de ser uma forma de renda, assim como pode ser para outras pessoas. Meu sonho é criar um ateliê e entrar em um projeto social em que eu possa contar minha história de vida, mostrar para outras pessoas que nem tudo está perdido, que com as escolhas certas e a vontade de mudar, é possível conseguir”, destaca Raíssa.

Ela foi acolhida no ano de 2018, no Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil (CAPSi) da Serra – que atende crianças e adolescentes de 0 a 18 anos, e concluiu seu tratamento no local em agosto de 2023. Hoje, estável, ela deseja ter sua independência.

“Rayssa começou no CAPSi com 11 anos de idade, ela fazia trabalhos com EVA, e se identificou muito com os amigurumis”, contou. De acordo com a mãe, o trabalho dela ainda é pouco conhecido, mas se depender da família, Rayssa vai longe. “Quero ver minha filha crescer, não quero que ela fique dependente de outra pessoa, quero que ela tenha sua própria renda e mais independência”, afirma a mãe da jovem, Vanessa Nolasco. 

CAPS 
A Secretaria de Saúde da Serra disponibiliza os serviços de três Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Os CAPS constituem um lugar para pessoas com grave sofrimento psiquico, que apresentam severidade e/ou persistência, demandando cuidado intensivo, incluindo, transtornos relacionados às substâncias psicoativas. 

Têm como objetivo a reinserção social do paciente por meio do: trabalho; lazer; exercício dos direitos civis; e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. 

Confira o serviço
O CAPSi, em Morada de Laranjeiras, atende crianças e adolescentes de 0 a 18 anos incompletos com comprometimento psíquico (autismo, psicoses, neuroses graves), bem como com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas. Funciona de segunda a sexta, das 7 às 17h.

Já o CAPS Transtornos (Mestre Álvaro) oferece serviço de atenção psicossocial destinado a adultos acima de 18 anos com transtornos mentais graves e persistentes. Está localizado em Jardim Limoeiro. Funciona de segunda a sexta, das 8 às 16h.

O CAPS Álcool e Drogas, em Parque Residencial Laranjeiras, atende adultos acima de 18 anos com problemas decorrentes do uso de álcool e outras drogas. Funciona de segunda a sexta, das 8 às 17h.

foto divulgação

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