Sono ruim e depressão aumentam chance de AVC

today31 de outubro de 2014
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Manter uma vida saudável hoje em dia não é tarefa fácil, principalmente quando o assunto é a saúde de órgãos como o cérebro e o coração. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) doenças cardiovasculares como o infarto e o Acidente Vascular Cerebral (AVC) continuam sendo a primeira causa de mortes no mundo.

Além do tabagismo, do sedentarismo, da pressão alta, do colesterol elevado, da diabetes e do histórico familiar, estudos recentes comprovaram que a poluição do ar, a má qualidade do sono e a depressão também colaboram para o mau funcionamento do coração e do cérebro, podendo desencadear problemas cardiovasculares.

O alerta é do cirurgião cardiovascular Shariff Moysés, que aproveitou o dia Mundial de Combate ao AVC, comemorado dia 29 de outubro, para explicar esses novos riscos.

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Cirurgião cardiovascular Schariff Moysés

“Depressão é o estresse. Mas não é só a depressão e sim todos os sentimentos que ela gera como a raiva, o rancor ou a inveja. Estamos levando em consideração um novo estudo que comprova que esses sentimentos, aliados a uma má alimentação e ao sedentarismo, podem ocasionar um infarto, um AVC e até a morte súbita. Até pouco tempo não se dava a devida importância para isso, mas está comprovado cientificamente”, afirmou Moysés.

A má qualidade de sono, segundo Moysés, também desencadeia uma oxigenação cerebral deficiente. “Hormônios que protegem o coração, como melatonina e corticoides são prejudicados com o sono ruim. Quem acorda várias vezes à noite pode também sofrer com pressão arterial alta e uma alteração nos batimentos cardíacos”, disse.

Com relação à poluição do ar, o cardiologista destaca que ela age como o cigarro, agredindo os pulmões e dificultando as trocas gasosas e consequentemente a oxigenação do cérebro. Para driblar esses problemas, a dica do médico é fazer exercício físico e levar uma vida equilibrada.

“Sabemos que é difícil levar uma vida tranquila, sem problemas ou preocupações, mas os exercícios físicos ajudam a aliviar o estresse. Além disso, realizar exame cardiológico anualmente e se alimentar bem ajudam bastante”. Afirmou.

Segundo o cardiologista é importante ficar atento aos sinais clássicos do infarto e do AVC. Dor no peito em caráter opressivo, com ou sem irradiação para os membros superiores, sudorese fria, falta de ar e náusea são os sintomas mais perceptíveis de um infarto.

Já o AVC é caracterizado por perda repentina da força muscular que também pode ser ou não seguida por perda da visão, dificuldade para falar, tonturas, formigamento em um dos lados do corpo, alterações de memória, dor de cabeça, náuseas e vômitos.

Diante de um quadro de suspeita de infarto ou AVC, o sensato a fazer é procurar ajuda médica o mais rápido possível. O tempo no atendimento pode salvar a vida de quem passa por um desses problemas.

Por Andressa Mian/[email protected]

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