Suposto agressor da modelo trans capixaba é preso

today20 de agosto de 2020
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Lucas Brito Marques, suspeito de agredir a modelo transexual Alice Felis, de 25 anos, foi preso no Morro Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, na manhã desta quinta-feira (20) e vai responder por tentativa de latrocínio, roubo seguido de morte. Ela reconheceu o homem por meio de fotos na 13ª DP de Copacabana.

Lucas já tem 20 passagens na polícia por roubo, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Com um mandado de prisão temporária, ele será encaminhado para a Polinter e depois para o sistema carcerário do RJ.

Alice é natural de Vitória/ES e morava no Rio de Janeiro há cerca de cinco anos.

Entenda o caso
Alice Felis, modelo capixaba trans que mora em Copacabana, no Rio de Janeiro, foi brutalmente espancada em seu apartamento na madrugada do último domingo, 16, teve seu nariz e maxilar quebrados pelo suspeito, que ela conheceu em um barzinho.

Em seu Instagram, ela contou detalhes da agressão, que o homem roubou R$ 3 mil que estavam guardados e ainda a ameaçou dizendo que se ficasse no Rio de Janeiro iria matá-la.

“Ele quebrou o meu dente, estou cheia de dor. Gritei ao máximo para que ele não fizesse nada comigo, mas ele fez. Me bateu e tentou me esfaquear. Pedi por tudo que era mais sagrado para que ele não me matasse”, disse a modelo.

À polícia, a advogada de Alice, Fêh Oliveira,  relatou que o homem teria pedido para consumir cocaína e que a modelo, embora não seja usuária de drogas, permitiu.

Solidariedade
Sem dinheiro, Alice recebeu ajuda de pessoas anônimas e famosas nas redes sociais como: Preta Gil, a atriz Kéfera, a cantora Pabllo Vittar, Marília Mendonça e o youtuber Felipe Neto, que demonstraram solidariedade e apoio na divulgação de uma vakinha online criada para ajudar a jovem. A meta de R$ 60 mil já foi superada, chegando a quase R$ 150 mil nesta quarta-feira (19).

Outro que está dando apoio à modelo é o médico de Blumenau/SC, José C. Martins Jr., do Transgender Center Brazil, clínica que é referência no atendimento de pessoas transgênero.

Sensibilizado com a história de Alice, Martins ofereceu o tratamento e eles já fizeram uma consulta virtual, na quarta-feira (19) para avaliar a situação. Segundo o médico, além da reconstrução dos ossos fraturados, ele vai realizar uma cirurgia de feminização facial “como forma de aliviar o sofrimento e o trauma que ela sofreu. É o mínimo que podemos fazer depois de todos esses anos atuando em cirurgias de pacientes transgêneros”, concluiu Martins.

Alice chega em Blumenau nesta quinta-feira (20) e a partir de sexta (21) será internada na clínica para fazer os exames que vão mostrar qual o real quadro das lesões, como tomografia computadorizada e raio-x. Apenas após os exames a cirurgia será marcada.

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