Tragédia de Aracruz causa comoção em sessão de homenagem ao Conselho Estadual de Educação
Trinta placas foram distribuídas pelo deputado Bruno Lamas aos profissionais que lutam diariamente pela educação de qualidade. Três professoras e uma aluna assassinadas dentro de escolas também foram lembradas
O clima de comoção por conta do assassinato de três professoras e uma aluna em duas escolas de Aracruz, no Norte do Estado, tomou conta da sessão solene realizada pela Assembleia Legislativa para homenagear os 60 anos do Conselho Estadual de Educação (CEE).
Proposta pelo deputado estadual Bruno Lamas (PSB), a sessão – que ocorreu na quarta-feira (30) – reuniu, pela primeira vez após os atentados, as principais lideranças da educação capixaba, dentre elas o secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, e os presidentes das principais entidades ligadas à área.
Presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, Bruno Lamas fez questão de pedir um minuto de silêncio em homenagem às vítimas e discursou de forma favorável à necessidade de debater a segurança no ambiente escolar.
“A educação acontece no chão da escola, com a contribuição de professores, coordenadores, auxiliares e alunos. Estamos todos aqui, ainda, devastados com a tragédia que levou à morte de três professores e uma aluna nas escolas de Coqueiral de Aracruz”, declarou, emocionado.
Vitor, ao discursar, procurou descrever a situação de desespero, consternação e luto de toda a comunidade pelos assassinatos nas escolas de Aracruz e as medidas tomadas pelo governo. O secretário destacou a importância do Conselho Estadual de Educação que, segundo ele, funciona como esteio e baliza nos momentos difíceis.
“Fico feliz de estar aqui, eu e minha equipe. O conselho pra mim é esteio e baliza. É sobre ele que se assenta a educação capixaba. Isso não é pouca coisa. Ser suporte para algo tão importante como a educação é de uma relevância, de papel estratégico, pois não está sustentando uma área qualquer”, afirmou.
Falando em nome dos homenageados, o presidente do CEE, professor Artelirio Bolsanello, relatou as várias atividades que o colegiado desenvolveu com a Comissão de Educação da Assembleia.
Bolsanello lembrou a instituição do CEE, em 1962, e seu papel de complementar no Estado o sistema de educação, sua história e a transformação de sua função durante os 60 anos de existência.
O órgão exerce a função deliberativa, consultiva e normativa, contribuindo para o bom funcionamento do ensino nas escolas. Durante a pandemia, por exemplo, coube ao Conselho normatizar o ensino a distância, entre outras normas estabelecidas.
Ao final, o presidente do CEE entregou uma “placa de reconhecimento do conselho à valiosa contribuição do deputado Bruno Lamas à educação capixaba”, como presidente da Comissão de Educação. Por sua vez, a Assembleia distribuiu outras 30 placas aos profissionais, como reconhecimento dos seus trabalhos.
A presidente do Conselho do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), professora Marcia Lamas Silva, destacou que, a partir de 1988, o CEE deixou de ter mera função burocrática e passou a ser um órgão com participação da sociedade:
“Eu quero ressaltar a função democrática do conselho, um órgão aberto à sociedade, um órgão de escuta da sociedade, que foi o farol para outros conselhos; a partir daí, outros conselhos foram criados. Hoje temos a oportunidade de, democraticamente, discutir, aprovar e normatizar as políticas públicas nos diversos conselhos existentes”, destacou Marcia Lamas.
foto Assessoria Parlamentar