Trecho Norte da BR-101 precisa de soluções já, alerta Gandini após leilão

today26 de junho de 2025
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Presidente da Comissão de Fiscalização da Infraestrutura da BR-101 na Assembleia pede pressa e cobra que construção das terceiras faixas no Norte entre em execução nos primeiros anos do novo contrato

O deputado estadual Fabrício Gandini (PSD), presidente da Comissão de Fiscalização das BRs 101, 262 e Rodosol da Assembleia Legislativa, defendeu nesta quinta-feira (26) a antecipação dos investimentos no trecho Norte da BR-101, após a realização do leilão que marcou a repactuação da concessão da rodovia.

A cerimônia ocorreu na Bolsa de Valores (B3), em São Paulo, com a participação do governador Renato Casagrande (PSB), do ministro dos Transportes em exercício, George Santoro, do diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Guilherme Theo Sampaio, dentre outras autoridades.

Sem concorrência, a Ecovias do Espírito Santo (antiga Eco-101) foi confirmada como responsável pela execução do novo contrato, que prevê mais de R$ 10,3 bilhões em investimentos ao longo de 478,7 km da rodovia.

Para Gandini, o novo modelo representa uma oportunidade de fiscalização mais rigorosa e também de cobrança por equilíbrio regional nas obras.

“O ideal seria a duplicação total da BR-101, incluindo o trecho Norte. Como isso não está garantido, é fundamental antecipar os 41 quilômetros de terceiras faixas previstos para o Norte, que hoje só estão programados para o sexto ao oitavo ano de contrato. Essa mudança precisa ser tratada com a ANTT com urgência”, afirmou.

O deputado também lembrou que, segundo a própria Ecovias, o contrato traz previsão de multa de R$ 200 milhões caso os prazos da duplicação do trecho Sul — entre João Neiva e o trevo de Safra, em Cachoeiro de Itapemirim — não sejam cumpridos até 2028.

“Vou continuar fiscalizando passo a passo e acionarei os órgãos de controle sempre que necessário. Não podemos mais permitir atrasos e promessas descumpridas”, disse Gandini.

O trecho Norte da rodovia, que passa por Linhares, São Mateus, Conceição da Barra e Pedro Canário, segue fora do plano de duplicação imediata. Segundo a concessionária, a obra depende de aumento de fluxo de veículos e de licenciamento ambiental — especialmente na travessia da Reserva Biológica de Sooretama, o que pode gerar novos entraves.

Em contrapartida, o contrato prevê obras pontuais, como a reforma da ponte sobre o Rio Cricaré, viadutos, passagens em nível e a implantação de passarelas.

Para Gandini, a exclusão inicial desse trecho da duplicação é reflexo de decisões “tomadas dentro de gabinetes, sem ouvir a população do Norte do Estado”.

A Ecovias já informou que o Tribunal de Contas da União (TCU) fará fiscalizações trimestrais no contrato e que haverá redução das tarifas de pedágio em trechos que não forem duplicados, como forma de compensação aos usuários.

Durante reunião recente com a concessionária, na Serra, Gandini, o prefeito de São Mateus, Marcus Batista (Pode), e nove dos 11 vereadores da cidade receberam informações detalhadas da empresa sobre o cronograma das obras.

“Agora, mais do que nunca, é hora de acompanhar de perto e garantir que cada compromisso assinado seja cumprido com responsabilidade e transparência”, concluiu o parlamentar.

crédito Assembleia Legislativa

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