Espetáculo Fuscalhaços volta a circular pelo ES neste final de semana

O Fusca roxo lotado de palhaços e palhaças do Grupo Árvore Casa das Artes volta a circular pelo ES a partir deste final de semana! As primeiras apresentações da Circulação Cultural de 2025 do espetáculo acontecem nesta sexta (27), na Praça Matriz, em Guaçuí, e no domingo (29), na Praça Salim Balmas, em Muqui. Ambas as apresentações são gratuitas e acontecem a partir das 10h. Aproveite e leve toda a sua família para se divertir e dar risadas junto com a trupe do Fuscalhaços, que leva a magia do circo para todas as gerações com diversos esquetes que encantam todas as faixas etárias.
A nova Circulação do Fuscalhaços totaliza cinco apresentações e conta com recursos do Funcultura, da Secretaria de Estado de Cultura (Secult). Novas datas e locais serão divulgados em breve, sempre com apresentações gratuitas em praças.

O Fuscalhaços
“O espetáculo “Fuscalhaços” nasceu da necessidade do Grupo Árvore visitar e levar um respiro de alegria aos moradores periféricos da cidade de Vitória durante a pandemia”, explica Vanessa Darmani, atriz, palhaça e gestora do Grupo Árvore.
“Na primeira proposta inscrita pelo grupo em 2020, ainda no período pandêmico, o espetáculo em formato de cortejo tinha a intenção de apenas passar em frente às casas por ruas e vielas da cidade abordando os moradores, mas praticando o devido distanciamento. Com o controle da pandemia, a proposta também se modificou e o espetáculo, aprovado na lei de incentivo cultural de Vitória e estreado em 2022, foi um sucesso nas comunidades”, completa Vanessa.
Ao todo foram realizadas 10 apresentações em 2022 na capital. Já em 2024, o Fuscalhaços circulou por mais 10 bairros de Vitória, e por mais seis municípios capixabas via LICC (Lei de Incentivo à Cultura Capixaba), do Governo do Estado e com patrocínio da ArcelorMittal.
Arte e inclusão social
De acordo com Vanessa Darmani, o grupo Árvore Casa das Artes percebeu que, durante a primeira circulação do Fuscalhaços, quase nunca as comunidades periféricas recebiam visitas de espetáculos teatrais ou de circo, o que acontecia também nos municípios do interior do Espírito Santo que receberam o espetáculo.
“Muitas vezes isso acontecia por conta das estruturas de cenário e espaços que a maioria dos espetáculos tradicionais demandam, e também por conta dos altos índices de violência que estas comunidades sofrem historicamente, realidade que influencia na decisão de grupos ou produtoras que acabam por propor seus trabalhos em espaços onde há melhores estruturas e alguma segurança”, afirma Vanessa.
“Assim, a maioria dos bairros periféricos acabam por não serem contemplados por trabalhos artísticos de artistas de nossa cidade, e por consequência também estes moradores periféricos não acessam o direito à fruição de arte. Situação parecida acontece também nos municípios do interior do Estado, que quase nunca recebem atrações culturais durante o ano”, completa a artista.
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fotos Fábio Martins