Óleo de cozinha, lixo, fio dental e cabelo são os grandes vilões de entupimento da rede de esgoto

today9 de abril de 2021
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O deputado Bruno Lamas, que presidiu reunião da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia, cobrou solução para evitar mal-estar aos moradores

A empresa Serra Ambiental, que é responsável pela gestão do esgotamento sanitário do município, faz, em média, 2 mil desobstruções na rede de esgoto por mês e, ao abrir as tubulações, encontra pedras de óleo de cozinha, lixo, além de bolos de fio dental e cabelo.

A informação é do diretor-presidente da empresa, Justino Brunelli, que participou, na última quarta-feira (7), da reunião virtual da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, a pedido do presidente da sessão, deputado Bruno Lamas (PSB), que questionou os constantes entupimentos da rede de esgoto.

“A grande maioria dos casos são causados, infelizmente, pelo descarte de lixo e a gordura. O óleo de cozinha, quando é descartado na tubulação, vira uma pedra dentro da rede. Então, ele deixa de ser aquela coisa oleosa e passa a ser um objeto sólido que de fato entope a tubulação”, explicou Justino, lembrando a necessidade de fazer uma campanha educativa junto aos restaurantes, para o descarte correto, e também nas escolas.

Atualmente, 185 mil litros de esgoto por mês são despejados irregularmente, sem tratamento, em rios, córregos e no mar, prejudicando o meio ambiente na Serra.

Há seis anos, foi firmada uma Parceria Público-Privada (PPP) entre a Serra Ambiental e a Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan), com metas para redução da poluição.

O vereador da Serra Anderson Muniz (Podemos) questionou os entupimentos e transbordamentos de esgoto na cidade. “Tenho acompanhado a situação, são inúmeros os extravasamentos que nós temos encontrado. Ainda é muito devagar o atendimento do serviço, o que deveria ser resolvido em 24 horas, muitas vezes fica de quatro a cinco dias o esgoto vazando e indo parar nas unidades de conservação, as chamadas Áreas de Proteção Ambiental (APAs)”, apontou.

Justino explica que a empresa vem tentando tornar o serviço mais eficiente. “Hoje, a empresa, por força do contrato, tem 24 horas para realizar a desobstrução do esgoto. Logicamente que a gente não quer isso, porque 24 horas com o esgoto vazando na frente da casa da gente incomoda demais. A gente trabalha para reduzir esse prazo. O prazo médio nosso é cerca de 13 horas, mas como toda média, tem caso que extrapola e tem caso que a gente consegue atender de forma mais rápida”, comentou o gestor.

A meta da PPP é atingir 95% de cobertura de esgoto até 2023 e conseguir 95% dos imóveis ligados à rede de esgoto até 2029. Até agora, 90% (mil quilômetros) de rede já está disponível na Serra, mas 15.247 imóveis ainda não foram ligados à rede coletora da Cesan.

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